SANDRA MARIA SOUZA PADILHA NOVAK
( BRASIL – PARANÁ )
Curitiba, Pr.
PÉRGULA LITERÁRIA VI. 6º. Concurso Nacional de Poesias “Poeta Nuno Álvaro Pereira.” Valença: Editora Valença, 2004. 202 p.
Ex. biblioteca de Antonio Miranda
UM TRIBUTO A ARISTILIANO
Pela via poética eu tenho a palavra e posso falar
Da intensa dor que ainda paira no ar
Quisera poder usar um outro instrumento
Que não só tivesse um longo alcance mas fizesse cessar o meu
[tormento
Porém, só a palavra, a poética, congrega neste emaranhado de
[mundo
a possibilidade de explosão deum sentimento contido
E é com ela que anuncio neste instante
Que pelas mãos insanas e dormentes
Alguém silenciou para sempre
A voz de Aristiliano
Esta dor só minha
É a dor dos pequenos
Dos que têm também direito à vida
Que ainda sofrida
Vale a pena ser vivida
E nesta tentativa de brado o desconforto poderá ser do mundo
E o coro está formado
Que pena meu querido PAI, dela
que fez do seu ofício um exercício de apagar estrelas rutilantes
Porém, já na sua não vida, VOCÊ, expressava uma plenitude
No seu belo e cândido rosto
Não se via a inércia da morte
VOCÊ driblou a ceifadora de vidas
Como disse sua netinha Yasmin:
O vovô Padilha é a mais bela ESTRELA, lá do céu.
Enquanto, aqui na Terra continua ela a rastejar nos hospitais
Cumprindo seu falso ritual do que seja curar
Consegui uma poesia? Derramei, si, lagripalavras sobre o papel
Nada mais.
*
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Página publicada em janeiro de 2024
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